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Como planejar uma viagem por conta própria (e gastar menos)

Foto do escritor: Isadora DuetiIsadora Dueti

Atualizado: 29 de nov. de 2024

Viajar gastando pouco é uma arte que requer planejamento. Para não esquecer nada, um passo a passo para te ajudar a planejar a sua próxima viagem.


Fazer uma viagem por conta própria pela primeira vez pode parecer um desafio! Afinal, tem que dar conta de tudo: documentos, passagens, reservas, seguro... e deixar algo passar pode ser sinônimo de uma enorme dor de cabeça, ou até mesmo impossibilitar a realização do tão esperado passeio. Mas o planejamento não precisa — e nem deve — ser visto como a parte chata, trabalhosa e burocrática das férias. Muito pelo contrário, é o primeiro contato com o seu destino.

E como "gastar menos para viajar mais" faz parte de mim, um bom planejamento é essencial. É me organizando que eu consigo economizar — e muito! Mas devo dizer que isso pode ocupar um bom tempo seu, então antes de tudo é preciso pesar na balança para saber se a sua disponibilidade permitirá (e compensará) o engajamento. Tenha em mente que isso pode demandar muita pesquisa. Se o seu tempo for muito, muito corrido, pode ser que valha a pena contratar um agente ou agência de viagens.


Por fim, antes de compartilhar as minhas etapas de "como planejar uma viagem", é importante mencionar que nada é uma receita de bolo. Às vezes você pode preferir fazer de forma diferente, inverter um pouco a ordem dos fatores... tudo depende das necessidades, gostos e perspectivas de cada um. Abaixo, um checklist já adiantando as 8 etapas para te acompanhar e auxiliar na checagem do que é necessário:



Para quem pretende fazer isso pela primeira vez, o passo a passo a seguir pode ajudar bastante a saber do que você precisa para sair viajando por aí. E claro, com dicas que utilizo e que me permitem viajar com economia.


1. A escolha do destino (e época)

Normalmente, essa é a primeira etapa de tudo. Afinal, todos os outros passos dependem desse aqui. Essa é uma escolha muito subjetiva. Eu adoro cidades grandes e multiculturais, portanto se alguém me pedir uma dica de destino, provavelmente eu mencionaria um com esse perfil. Tem gente, por outro lado, que prefere destinos de ecoturismo, e assim vai. Já dá para perceber que cada um busca uma experiência diferente e que ela é única, né?


Apesar de adorar cidades grandes, gosto de descobrir diferentes paisagens e acrescentar isso no meu roteiro. Dá pra imaginar que essa pequeno refúgio fica perto de Los Angeles?

Para isso, você deve se fazer algumas perguntas. Qual é o tipo de destino que você busca conhecer? Praia, cidade grande, montanha... Qual é o seu tipo de viagem? De luxo, econômica, mochilão... Qual a duração da viagem? Você poderá aproveitar de um longo período de férias ou quer apenas curtir um feriado/fim de semana? Quanto você pretende gastar?


Essas são algumas que podem te ajudar a encontrar o melhor destino para você. Há uma outra, também, que pode ser essencial e definir seus rumos a partir daí: qual é a época? Esta anda junto de todo o planejamento. Para quem é autônomo ou tem uma flexibilidade maior para escolher o período de férias, melhor. Porém, para quem tem isso quase que fixo, deve levar em consideração antes de escolher o lugar.


Para quem sonha em conhecer o sudeste asiático, por exemplo, mas só pode viajar no meio do ano, deve saber que esta é uma época de muita chuva por lá. Já em muitos lugares da Europa, o frio é muito intenso no final e no início do ano. Outra coisa a se levar em conta, também, é o período de alta e baixa temporada. Na alta, geralmente o clima é mais propício e há muitas atividades a se fazer, porém as cidades ficam cheias e os preços, lá em cima. Na minha opinião, acho mais gostoso viajar na baixa temporada (normalmente, ou achar um meio termo), dá para aproveitar muito mais e o bolso agradece :)


2. Documentos

Ok, você já decidiu ou pelo menos tem uma ideia para onde pretende ir. E agora? Bom, se o seu destino for internacional, muito provavelmente você precisará de alguns documentos exigidos naquele país. Alguns requerem apenas o passaporte, outros solicitam visto também, e alguns, até o certificado de vacinação.


Para te ajudar a saber do quê precisa, aqui neste link do Portal Consular eles informam tudinho. Se tiver alguma dúvida, entre em contato com o consulado do país de destino. O passaporte é basicamente o pré-requisito para muitos países. Para saber como tirar o seu, é só clicar aqui.


ANTECEDÊNCIA: Considerando a ida a um país que exige outro(s) documento(s), como os Estados Unidos, para o qual precisa de visto, aconselho solicitar o passaporte com cerca de 6 meses de antecedência da data pretendida de viagem (ou antes) e o visto cerca de 4 meses, para se planejar com mais tranquilidade (tem o agendamento, a entrevista, a entrega, etc). Não faça nenhuma reserva até ter os documentos exigidos! Por isso, se a sua viagem for em alta temporada, pense que você precisará comprar passagens e reservar hospedagem muito antes. Neste caso, leve isso em conta.


3. Passagens

Então, documentos em mãos, agora sim é hora de começar a sentir a viagem. Este costuma ser o primeiro passo depois da parte burocrática por às vezes ser um dos maiores itens do orçamento e que, por isso mesmo, precisa de alguma pesquisa e até paciência para conseguir um bom negócio. Infelizmente, não tem nenhuma fórmula mágica, mas se você tiver ideia do preço normal de uma passagem aérea, você saberá quando o preço estiver realmente valendo a pena e quando não.


Já imaginou aproveitar uma promoção de R$ 1.500 para ir para a Califórnia?

E como fazer isso? Fácil, e a internet é rainha nisso: é só pesquisar. Procure pela data e destino que você deseja em sites comparadores como Decolar, Google Flights e/ou Skyscanner. Se os preços não estiverem lá aquelas coisas, crie alertas de vôo para receber notificações sobre alterações nos valores, e aí você poderá acompanhar se a tendência é aumentar, diminuir e quais costumam ser as variações.


Mas o que eu uso para achar aquelas promoções boooas mesmo, sem me preocupar em ficar procurando, são dois aplicativos: o do Melhores Destinos e do Passagens Imperdíveis. Eles avisam SEMPRE que tem algum trecho em oferta, e mesmo quando não estou planejando viajar eu fico de olho, pois assim tenho uma ideia de preços que posso encontrar depois.


Ah! Se a viagem for nacional e as tarifas tiverem muito altas, você também tem a opção de ir de Buser, uma plataforma que é tipo o Uber dos ônibus de viagem.


ANTECEDÊNCIA: Para período de baixa temporada, o sugerido é comprar com 25 a 45 dias de antecedência para destinos nacionais e 30 a 60 dias para internacionais. Para alta temporada, de 60 a 90 dias para destinos nacionais e 60 a 120 dias para internacionais. Isso não quer dizer que não podem aparecer promoções antes desse período, então fique atento! Ah, e nunca subestime a alta temporada (como eu já fiz e me arrependi). Dificilmente você encontrará uma oferta para viajar em uma época disputada, então não espere muito. Por exemplo, eu consigo achar passagem por R$ 340 ida e volta de Brasília para Florianópolis, mas quando precisei ir em dezembro e voltar em janeiro, o mais barato que vi saía por volta de R$ 700. Achei que conseguiria mais em conta e me dei mal: acabei pagando quase mil reais!


DICA: Seja flexível! Às vezes, ir/voltar um ou dois dias antes/depois, pode te ajudar a economizar uma grana! Viajar durante a semana e em horários menos convencionais também.


4. Hospedagem

Taí, outro item que pesa bastante no orçamento. Aliás, como eu costumo comprar passagens em promoção, ele é "o" que mais pesa. Por isso — e por quase ficar sem hospedagem e ter que pagar bem mais caro ou ficar em lugares carinhosamente apelidados de "moquifolândia" — sei como planejamento aqui é crucial. Aconselho a pesquisar a acomodação assim que comprar o bilhete aéreo e, dependendo do tempo que tiver, acompanhar por algumas semanas.


E o que levar em conta na hora de procurar hospedagem? Bom, o preço é muito importante, sim, mas não é a única coisa. Eu observo bastante a localização (jogo no Google Maps e tudo); a facilidade de acesso ao transporte público (principalmente nas grandes cidades e onde andar de carro não é muito uma opção); a segurança da região; distância dos pontos de interesse; e, principalmente, os comentários de quem já se hospedou; (aqui você pode acrescentar tudo mais que for importante para você).


Mas já adianto que dificilmente a gente encontra a acomodação ideal pelo preço que a gente gostaria de pagar. Por isso, algumas vezes talvez a gente precise abrir mão de algo, e aí vale pesar na balança o que é mais importante para você. Eu mesma já fiquei algumas vezes em bairros um pouco "tensos" à noite (só descobri quando cheguei, tomei alguns cuidados e deu tudo certo), como o que fiquei em Washington, D.C. Tirando isso, a estadia foi excelente haha (mesmo!). Da mesma forma, já tive ótimas surpresas com acomodação.


Arredores da nossa acomodação em Washington (olhando assim nem parece que à noite a gente só saía em grupo na rua).

Eu uso três principais plataformas para achar hospedagem com o melhor preço/custo-benefício: a Booking e o Hoteis.com, que têm desde hotéis e pousadas até apartamentos; e o Airbnb, que é uma boa alternativa para quem gosta de ter um espaço inteiro (ou mesmo quartos compartilhados) e uma experiência mais local.


ANTECEDÊNCIA: É bom já ficar de olho assim que fechar a passagem e reservar com no mínimo um ou dois meses de antecedência (a depender do destino). Para alta temporada, porém, nunca é cedo demais. Lembro que tive muita dificuldade para achar um apartamento no Rio, 5 meses antes da viagem, para a época do Rock in Rio.


DICA: Descobri que quando a gente tem cadastro, especialmente no Booking e Hoteis.com, a gente recebe ofertas exclusivas, então é bom ficar atento na caixa de e-mail (e por isso eu mencionei acima que dependendo do tempo, é bom acompanhar os valores antes).


5. Locomoção

Se você vai pra mais de uma cidade, vai precisar comprar as passagens internas de um lugar para outro. Pode ser de avião, trem ou ônibus, depende do destino, do seu gosto e bolso. Se for passagem aérea, por exemplo, eu gosto de utilizar o Skyscanner e/ou o Kayak para comparar os trechos. Outra opção para se locomover é alugar um carro pelo período, e você também pode fazer isso pela internet. Fique atento: normalmente, o aluguel no aeroporto costuma ser mais caro. Às vezes, pode compensar reservar em uma agência mais afastada do aeroporto.

Nos Estados Unidos, um jeito econômico de ir de uma cidade a outra é de ônibus (tem passagens a partir de 1 dólar!).

ANTECEDÊNCIA: Para passagens aéreas (ou as mais caras, como algumas de trem), é bom ir conciliando essa parte com a anterior, da hospedagem. Em alguns casos, é até melhor comprar a passagem antes de reservar a hospedagem, avalie qual é o seu (no caso da passagem interna ser um item que pese bastante no orçamento). Para viagens de ônibus ou aluguel de carro, uma antecedência de 30 a 45 dias está ok, exceto para a época de alta temporada, quando as reservas costumam esgotar com mais agilidade. Daí, quanto mais antecedência, melhor.


6. Seguro viagem

Sobre o dia que a gente precisou ir para o hospital nos Estados Unidos.

É aquela coisa: melhor ter e não precisar do que precisar e não ter. Contratar seguro viagem pode até não ser obrigatório para visitar a maioria dos países (para alguns são), mas é essencial para viajar tranquilo. Imprevistos não tem hora nem local para acontecer, então é sempre bom estar precavido.


Na última viagem mesmo, precisei acionar a assistência para a minha amiga que passou mal e acabou fazendo uma cirurgia de apendicite nos Estados Unidos! O valor que pagamos pela cobertura nem se compara ao que precisaríamos ter que bancar caso não tivéssemos uma. A diária em hospital nos Estados Unidos, por exemplo, pode chegar a 5 mil dólares!


Além disso, pode cobrir mais do que assistência médica, como também extravio de bagagem, cancelamento de viagem, despesas farmacêuticas e muito mais a depender da cobertura. Nós contratamos pelo site da Real Seguro, que é uma comparadora de seguro viagem. Foi onde encontramos o melhor valor e custo-benefício. Eles trabalham com várias das principais seguradoras e possuem um ótimo atendimento, entrando em contato e tirando todas as dúvidas que possa ter (e vai por mim, é normal ter muitas e extremamente importante responder todas elas com clareza). Neste link aqui, você pode comparar as coberturas pelo site da Real com 10% de desconto.


ANTECEDÊNCIA: O seguro pode ser feito a qualquer hora, desde que seja antes da data da viagem. Costumo fechar com umas quatro semanas de antecedência, para já deixar isso resolvido e ficar tranquila.


Para saber mais, leia o post aqui do site sobre "Como escolher o melhor seguro viagem", com dicas e tudo o que você precisa saber antes de fechar um.


7. Passeios

O Pentágono, nos Estados Unidos, é um dos passeios gratuitos que precisam ser agendados com antecedência.

E claro, quem viaja quer... conhecer! Ter novas experiências e muitas recordações. Se você optou por determinado destino e chegou até aqui, é porque já o viu por aí e despertou um interesse. Provavelmente você já sabe alguns lugares exatos que quer visitar, e alguns requerem organização prévia. Pesquise bastante o que pode ser feito e visitado no local, marque aqueles que desejar e procure saber se é necessário comprar um passeio ou fazer uma reserva.


Há pontos turísticos que, mesmo gratuitos, precisam de agendamento, como é o caso de determinados prédios públicos, locais muito procurados e aqueles com sistema de segurança bastante rígido. A antecedência de planejamento aqui varia de lugar para lugar. Quanto mais turístico e requisitado, maior deve ser.


DICA: Caso opte por visitar muitas atrações turísticas pagas, procure pelos pacotes de ingressos com desconto, como o CityPASS.


8. Dinheiro

Real, dólar, euro, moeda local...? Qual é a melhor forma de levar dinheiro, afinal? Bem, como tudo, isso varia a depender do destino. Se a moeda do país for fácil de ser encontrada nos bancos ou casas de câmbio por aqui, como dólar, euro e libra, provavelmente esta será a opção mais vantajosa. Já se for um tipo muito diferente, como o baht da Tailândia, a dica é levar dólares para trocar no destino, já que este é "universal". Para alguns países da América do Sul, como Argentina e Chile, normalmente compensa mais levar em real e fazer o câmbio quando chegar lá. Pesquise sempre qual é o melhor para o seu caso.


Além do dinheiro em espécie, é bom poder contar com outra alternativa. Uma delas é o cartão de crédito internacional, apesar de que eu só levo caso tenha algum imprevisto e seja muito necessário, pois ele tem a taxa de IOF (de mais de 6% do valor da compra). Se for levar o cartão, lembre-se de entrar em contato com o seu banco e pedir para liberarem para uso no exterior.


Para gastar menos durante toda a viagem com uma taxa de câmbio muito menor, eu recomendo fazer uma conta global com um cartão de débito. Eu uso o da Wise por ser uma conta multimoedas, então adiciono o dinheiro já na moeda local. E se você quiser começar a aproveitar os benefícios da Wise, pode utilizar o meu convite para receber isenção de tarifa em uma transferência de até R$ 3.000, é só clicar aqui.


9. Roteiro

Enfim, o último item dessa lista... o que significa que a viagem já está bem próxima (finalmente)! O roteiro caminha junto com o item anterior dos passeios, uma vez que alguns deles podem ser agendados. Cada um tem seu jeito de fazer, e só você poderá dizer qual é o melhor. Porém, como é uma parte trabalhosa e que às vezes gera bastante dúvidas, principalmente para quem fará pela primeira vez, farei um post só sobre isso para dar dicas e dizer como eu programo o meu. Se não quiser perder, se inscreva para receber as novidades (formulário no rodapé da página).


ANTECEDÊNCIA: Eu, particularmente, começo a montar o roteiro do dia a dia da viagem mais ou menos 2 semanas antes dela acontecer. Gosto de coletar o máximo de informações até o último momento (mal/bem de jornalista haha)! Mas se você tiver passeios agendados ou se for um destino que necessite de muito planejamento, esta etapa também deve começar com mais antecedência.


DICA: É bom ter um roteiro em mente, mas não fique preocupado em seguir à risca. Se deixe levar, às vezes o caminho te reserva uma agradável surpresa.


 

É isso! Esses são os passos que sigo para planejar as minhas viagens, e espero que eles te ajudem a ter uma orientação. Se tiver mais dicas sobre essa etapa, deixe aqui nos comentários :)



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© 2019 por Isadora Dueti.

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