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Dia de aniversariante no Beto Carrero!

Foto do escritor: Isadora DuetiIsadora Dueti

Atualizado: 27 de jan.

E mais dicas para aproveitar o maior parque temático da América Latina.



ATENÇÃO!!

Desde 2024 o parque suspendeu a gratuidade para aniversariantes. Caso o benefício retorne, atualizarei aqui no post.


Desde que eu descobri que aniversariante não paga ingresso no Beto Carrero, eu tenho ido comemorar a minha data lá. Falando assim até parece que já faz uns dez anos que isso acontece, e bem que eu queria que fosse, mas na verdade é desde o ano passado, quando meus pais se mudaram para Itapema, cidade no litoral catarinense e a 50 quilômetros do parque.


Este ano foi a minha quarta vez por lá, e cada uma delas foi uma experiência diferente. Nas duas primeiras vezes eu fui com o meu irmão e alguns amigos; na terceira, com os meus pais; agora, uma vivência totalmente nova: decidi ir sozinha. É bem verdade que há quatro anos fora de casa, sendo dois deles morando só, eu já estou acostumada a curtir a vida na minha própria companhia, mas parque de diversões eu nunca tinha imaginado.


E foi maravilhoso! Além de me encorajar a enfrentar brinquedos radicais sem uma pessoa conhecida do lado para dar aquele apoio moral (afinal, na vida não terá alguém sempre para segurar na nossa mão, "Isa" também é reflexão haha), descobri que eu posso me divertir sozinha, que as pessoas quando estão na mesma situação socializam facilmente, aproveitei muito mais do que se estivesse acompanhada e ainda economizei uma grana (gastei R$ 29 o dia todo)!


Então, bora para esse relato de um dia no parque com dicas para aproveitar melhor? Ah, e no final do post tem um guia prático sobre como comprar o ingresso, onde ficar, como chegar e tudo mais que você precisa saber!


 
Domingo, 23 de junho de 2019

Cheguei no parque por volta de 11:30 da manhã. Tarde, considerando que os brinquedos abrem às 9 horas, mas até que suficiente para quem vai desacompanhado — você logo entenderá o porquê. Entrei no Castelo das Nações, aquele todo colorido da foto acima, me dirigi ao balcão de "aniversariantes", apresentei a identidade e o ingresso (no guia lá embaixo falo direitinho como conseguir) e ganhei o meu bottom, acompanhado de um todo simpático "feliz aniversário!"


O parque é dividido em áreas temáticas. Passando pelo Castelo e seguindo para a sua direita fica a "Aventura Radical", com as atrações que vão atrair mais os jovens, e para a sua esquerda, a "Triplikland", com os brinquedos que agradam mais as crianças — boatos que todos temos a nossa criança interior, então... A tendência, claro, é começarmos o roteiro pelas atrações que são as nossas prioridades, então, desta vez, fui em direção de onde vinha a gritaria.


Para a minha sorte, ou o parque não estava tão cheio naquele dia ou eu cheguei num ótimo horário. A primeira atração foi a Star Mountain, a montanha-russa mais "leve" da área, para me aquecer e seguir para a mais radical. No caminho, passei em frente ao Tchibum e me deparei com um cenário inimaginável: não tinha fila ALGUMA. Sério, nem parece que das outras vezes eu fiquei torrando por 2 horas debaixo do sol até chegar a minha vez. O Tchibum é tipo uma montanha-russa na água, então é disputadíssimo, principalmente, nos dias mais quentes. Não perdi a oportunidade: logo que chegou o primeiro grupo, eu fui junto. Vesti a minha capa de chuva, como vejo muitos fazerem em brinquedos aquáticos, e acabei descobrindo que não serviu pra nada, até porque eu estava no primeiro banco do carrinho. Saí ensopada de todo jeito.



Para me secar, agora sim, nada melhor do que um vento de 100 quilômetros por hora. Então fui para a Firewhip, a primeira montanha-russa invertida do Brasil e a preferida para quem gosta de mais adrenalina. Aliás, é engraçado isso: primeiro, parece que o coração vai sair pra fora de tanto que ele pula dentro do peito; depois, você não sente os pés no chão, aliás, você nem mesmo sente as suas pernas, é como se não tivesse controle algum sobre seu corpo — até porque sentou no carrinho você não tem mais —; e, por fim, uma sensação indescritivelmente gostosa quando tá lá em cima. É por isso que eu amo montanha-russa.


Juro que tem lugar sob esses trilhos que eu nem lembro de ter passado.
Juro que tem lugar sob esses trilhos que eu nem lembro de ter passado.

A fila da Firewhip também estava muito pequena, tanto é que eu fui na próxima leva. Daí a primeira dica, que às vezes pode parecer meio óbvia mas nem sempre a gente lembra: durante o horário de almoço, mais ou menos entre 12:00 e 13:00, as filas são bem menores. Do mesmo jeito, a praça de alimentação fica lotada neste horário, então tente evitar. Se quiser comer no horário habitual, procure os restaurantes ou lanchonetes dentro das áreas temáticas. Eu aproveitei e pedi um combo com lanche, refri e batatas (R$ 29,00) na FireBurger, que fica na saída da montanha-russa. Tava vaziiio.


De lá, segui para a nova área temática, a da Hot Wheels, que conta também com uma nova atração: o Hot Wheels Epic Show. Se quiser assistir, fique de olho na agenda das apresentações. Quando eu fui, esta começava às 14 horas. Devo dizer que o show me deu até mais adrenalina que os brinquedos radicais, porque fazem umas manobras inacreditáveis com os veículos. Ah, e esteja preparado para o barulho e o fumacê. Talvez não valha a pena se estiver com crianças muito pequenas. (Se quiser ver um pouquinho dessa e de outras atrações, é só ver no stories em destaque do @isasevindas).



Ali pertinho, para fechar com chave de ouro os radicais, ou melhor, com queda livre, está a Big Tower, uma torre com 100 metros de altura e que chega a uma velocidade de 120 quilômetros por hora. Eu já fui na Big Tower quando (bem) mais nova — o meu eu de 12 anos era bem mais corajoso que o de 24. Se for, tente manter os olhos abertos quando chegar no topo. A vista compensa haha.


Fui então para a Crazy River, aquela que a gente embarca em grandes botes e desce as corredeiras, ou seja, prepare-se para sair de lá molhado! Já tem um tempo que ela tá na área do Madagascar, então o passeio é com o Alex e a sua turma ao som de "eu me remexo muito". Aliás, lá também tem um espetáculo incrível, o Madagascar Circus Show, além das fotinhas com a turma do filme.


Agora se liga em outra dica valiosa: em alguns brinquedos existe a Single Rider, que é a fila individual. Sempre que sobra um espaço eles colocam alguém "solteiro" de companhia. Se você está sozinho ou não faz tanta questão assim de ir ao lado de quem conhece para poder otimizar o tempo, vá nessa fila. A Crazy River, por exemplo, costuma ter uma das maiores filas. O tempo de espera estava de 50 minutos, mas eu aguardei nem dois pegando a single rider.



Depois, fui me esbaldar nas atrações mais leves, a começar pelo Raskapuska. Em outra ocasião que estive no parque, estendi até à Dinomagic também, que é o trenzinho. Ir de Big Tower à Dinomagic é o auge, minha gente. De todo jeito, eu gosto mesmo de aproveitar tudo que der, e curto igual (ninguém te julga no parque de diversões). Dali, segui para a Tigor Mountain, uma mini montanha-russa. Em ambos os brinquedos, apesar de não ter a tal da single rider, entrei rapidinho porque estava sozinha. Eles chamam alguém da fila quando precisam completar o carrinho, então fique atento.


Fui então para a Autopista, que é o bate-bate, um dos meus brinquedos favoritos em qualquer parque de diversão (apesar de que até uns anos atrás eu tinha medo por causa da faísca que faz no teto haha). Foi o único momento que eu estranhei um pouco de estar sozinha, provavelmente porque a gente costuma mirar em quem tá com a gente para bater, mas como eu não conhecia ninguém, só foquei em testar os meus (não) dons automobilísticos desviando de todo mundo.


Por fim, a minha área temática preferida. Não por causa das atrações, mas sim pelo cenário: a Ilha dos Piratas. O único brinquedo mesmo ali é o Barco Pirata, mas tem a caverna, o bar, a casa dos espelhos, dentre outras coisas legais que te mantém entretido e rendem uma boa foto.

A ponte pênsil que nos leva para a Ilha dos Piratas.
A ponte pênsil que nos leva para a Ilha dos Piratas.

Antes de ir embora, fui ainda nas Xícaras Malucas. A minha dica é não olhar para cima se não quiser sair mais tonto do que já sairá (agora você vai olhar, eu sei). Em direção à saída do parque, eu recomendo fechar o dia na Roda-gigante e tentar pegar o pôr do sol. Aliás, essa é a melhor hora também para tirar foto. Parece que o lugar fica ainda mais colorido, ou eu diria "douradamente" colorido, se essa palavra existisse.



Agora vamos para um rápido guia prático?


Isa, como conseguir o ingresso?

Para quem quiser aproveitar o ingresso gratuito, é só entrar no site do Beto Carrero World, clicar em "passaporte" e escolher a opção "aniversariante". Mas atenção! Ele só é válido se a visita for no dia do aniversário! Caso o parque não abra no dia, é só escolher uma data anterior ou posterior em que esteja aberto. No dia, é só chegar e apresentar a identidade e o ingresso no balcão, como mencionei no início do post.


Mesmo quem não poderá ir comemorar o b-day por lá, pode comprar o ingresso pela internet. É mais fácil, evita ficar na fila da bilheteria e ainda pode garantir o melhor preço, principalmente porque vira e mexe rola uma promoção. O preço na alta temporada varia de R$ 165 a R$ 180, mas fora dessa época é comum achar oferta por R$ 85, ou do tipo "pague 1 e leve 2" ou "dois dias de parque pelo preço de um". Ah, e tem também pela lei de meia entrada.


Localização e onde ficar

O Beto Carrero World está localizado em Penha, no litoral norte do estado de Santa Catarina e perto de muitas outras cidades turísticas, como Balneário Camboriú (35 km), Blumenau (60 km) e Florianópolis (112 km). O aeroporto mais próximo é o de Navegantes, a 12 km do parque, seguido do aeroporto de Joinville (92 km) e do de Florianópolis (125 km).


Para quem vai somente para visitar o parque, o melhor é se hospedar em Penha ou até em Balneário Piçarras, que fica do ladinho. Já se a intenção é conhecer a região, o lugar mais próximo que mais atrai turistas com certeza é Balneário Camboriú. A cidade tem uma ótima infraestrutura (apesar de estacionamento ser coisa rara), mas para quem pretende curtir praias, eu não indico as de BC. Daí, uma opção é sair de lá durante o dia e voltar para curtir a noite.


Agora, um bom lugar que está crescendo e tem praias melhores é Itajaí, e fica até mais perto do Beto Carrero. Sobre a minha atual cidade eu sou suspeita para falar, hehe (Itapema, a uns 10 km de Camboriú). Também é uma opção, mas é muuuito parada na baixa temporada, que vai de março a novembro (para quem não gosta do tumulto isso pode ser bom). Blumenau é uma alternativa para quem quer conhecer a região de influência alemã, só que um pouquinho mais longe.


A vista do mirante de Itapema, litoral de Santa Catarina.
A vista do mirante de Itapema, litoral de Santa Catarina.

Atualmente eu moro no estado, mas quando vinha turistar sempre alugava apartamento para ficar, que na minha opinião é a melhor maneira.


Como chegar?

Eu bem que queria dizer que há váriaaas alternativas para chegar no Beto Carrero, mas na verdade essa questão é bem limitada. Para quem tiver de carro, perfeito. O parque fica numa rodovia e tem fácil acesso. A diária do estacionamento, quando eu fui (junho/2019), tinha um preço bem salgadinho: R$ 50 para carros de passeio, mas tem a opção também de deixar em algum do outro lado da via, que normalmente cobra a metade do preço.


Para quem se hospedar em Penha, talvez seja possível ir a pé, ficando em uma daquelas pousadas mais próximas. Para quem estiver chegando pelo aeroporto de Navegantes e for direto, partindo de lá o Uber não sai caro. Porém, para quem tiver em outro município, como Balneário Camboriú e Itajaí, e não tiver de carro, o melhor jeito é contratar um transfer. Tem muitas agências, nos centros mais comerciais das cidades, que vendem esse serviço. O valor varia entre 30 e 40 reais por pessoa (ida e volta, informações consultadas em junho/2019). O ponto negativo é que há um horário fixo para ir e voltar (por volta das 8:00 e 19:00, respectivamente).


Isa, não tem como ir de ônibus? Ter até tem, mas é um tantinho complicado. Nesse caso, teria que pegar um ônibus até Balneário Piçarras e, de lá, pegar outro para o parque. Daí o valor sairia o mesmo ou até mais que o transfer e não seria muito prático.


Quando ir?

O parque abre o ano todo, só que em algumas épocas somente de quarta/quinta a domingo, e em outras todos os dias da semana (verifique a agenda no site). A alta temporada coincide com o período de férias, então é mais cheio nos meses de julho, dezembro e janeiro. No verão faz muito calor, do tipo que uma vez eu fiquei bronzeada por causa de um dia no parque o que não fiquei com sete de praia. Já no inverno pode fazer frio, mas nada que impeça de aproveitar.


Eu sempre aconselho a viajar na baixa temporada, porque o movimento é bem menor e a gente consegue curtir muito mais. Neste caso, entre março a junho e agosto a novembro seria uma boa época. Porém, sabemos que nem sempre dá pra escolher, e aí não há outra escolha a não ser ir quando todo mundo tá indo também. Eu já fui nas duas épocas e consegui aproveitar, talvez só precise de um pouco de paciência e boa programação quando estiver cheio.


Quantos dias de parque?

Recomendam dois dias para conhecer bem o parque, mas confesso que, em todas as vezes, fui somente em um e não me arrependi. Para quem quiser ver (quase) todos os shows e ir em muitas atrações, realmente seriam necessários dois, pois só os espetáculos ocupam uma tarde inteira. Eu costumo escolher um show para assistir e o restante do tempo fazer de atrações, e tem funcionado bem assim. Para quem vai sozinho e for usar as dicas que dei aqui, o tempo se torna muito mais aproveitável, e um dia dá de sobra.


Os shows do parque são um espetáculo à parte e não ficam devendo nada para os da Disney, por exemplo. O do Madagascar é um dos favoritos da galera.
Os shows do parque são um espetáculo à parte e não ficam devendo nada para os da Disney, por exemplo. O do Madagascar é um dos favoritos da galera.
O que levar?

Bom, você provavelmente vai andar muuuito, então o mais importante é estar confortável (e bem hidratado). Vá com roupas leves e calçados confortáveis, lembrando que no verão é muito quente e no inverno é melhor carregar um casaquinho. É bom levar uma capa de chuva ou uma troca de roupa para curtir as atrações aquáticas. A capa pode até não funcionar muito bem para os brinquedos (descobri isso), mas pode ser muito útil em caso de chuva.


Não é permitido entrar com alimentos no parque, mas eu sempre levo algo que possa matar rapidamente a minha fome até eu achar uma lanchonete, antes que a minha barriga comece a roncar e achem que abriram os portões do zoológico (é sério, eu sinto demasiada fome repentinamente), como uma barra de cereal, além de uma garrafa de água (não tem bebedouro por lá). Mas esteja ciente que se revistarem seus pertences na entrada podem barrar os alimentos, então não exagere.


Ah! E não cometa o mesmo erro que eu de esquecer o carregador portátil, mas caso esqueça, tem onde carregar na praça de alimentação.


As crianças pequenas conseguem aproveitar?

Esta foi a dúvida que eu mais vi perguntarem. A entrada nos brinquedos é de acordo com a altura. Em alguns, quando a criança é muito pequena, pode ir no colo. Para que ela curta sozinha, a partir de 0,80 cm de estatura já é permitida a entrada em muitas atrações. Para os mais emocionantes, o mínimo é de 1,20 cm, quando ela já pode aproveitar quase todos, exceto a Big Tower e a Firewhip, que exigem 1,30 cm.

 

E você, tem mais dicas para aproveitar ainda mais o maior parque temático da América Latina? Tem alguma dúvida que não respondi aqui no post? Então deixe o seu comentário aqui :)



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